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Brasil bate recorde de exportações para EUA antes da alta das tarifas

As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 23,7 bilhões entre janeiro e julho de 2025, registrando um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e atingindo o maior valor já registrado para esse intervalo, conforme dados do Monitor do Comércio Brasil-EUA, divulgado pela Amcham Brasil. Paralelamente, as importações brasileiras de produtos americanos também avançaram, com alta de 12,6%, alcançando US$ 26 bilhões.

Foto: Divulgação

O resultado ampliou o superávit comercial dos Estados Unidos na relação bilateral para US$ 2,3 bilhões no acumulado do ano, um crescimento de 607,9% em comparação com os primeiros sete meses de 2024.

Em julho, mesmo com a aplicação da sobretaxa de 10% e o anúncio do aumento para 50% a partir de agosto, as exportações brasileiras para o mercado norte-americano bateram recorde para o mês, totalizando US$ 3,7 bilhões, alta de 3,8% na comparação anual. A quantidade embarcada cresceu 7,3%, indicando uma possível antecipação das vendas para evitar o impacto das novas tarifas. Por sua vez, as importações americanas pelo Brasil cresceram 18,2% no mês, somando US$ 4,3 bilhões, o segundo maior valor da década.

Entre os principais produtos exportados em julho, seis apresentaram crescimento significativo: aeronaves (+159%), ferro-gusa (+62,5%), cal e cimento (+46,3%), petróleo (+39,9%) e suco de frutas (+32,2%). No acumulado do ano, os destaques ficaram por conta da carne bovina (+118,1%), sucos de frutas (+61,7%), café (+34,6%) e aeronaves (+31,7%).

Por outro lado, alguns setores sofreram impactos negativos atribuídos às tarifas e à concorrência internacional. É o

Foto: Allan Santos/PR

caso da celulose (-14,8%), óleos de petróleo (-18%), equipamentos de engenharia (-20,8%), semi-acabados de ferro ou aço (-8%, com queda de 64% só em julho) e açúcar, que registrou forte queda de quase 50% no valor e na quantidade, após a entrada em vigor da tarifa de 50% em 6 de agosto.

No cenário global, enquanto o déficit comercial dos Estados Unidos com o mundo aumentou 27,8% no primeiro semestre, o Brasil figura como um dos poucos países com superávit americano, ocupando a quinta posição, com crescimento de 57,9% em relação a 2024. Já em junho, o déficit norte-americano registrou queda de 8,3%, refletindo os efeitos iniciais das tarifas recíprocas.

Para Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil, o comércio bilateral permanece resiliente, mas os novos desafios impostos pelas tarifas demandam diálogo e coordenação entre os governos. “Nosso compromisso é seguir trabalhando de forma coordenada com os dois governos para preservar esse comércio, que impulsiona empregos e oportunidades em ambos os países, sobretudo diante dos desafios adicionais que o aumento das tarifas trará daqui para frente”, afirmou.

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