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On the second day of América Clima e Mercado, Aprosoja MT explores challenges and solutions for agriculture in North Dakota.

Nesta terça-feira (12.08), a série América Clima e Mercado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu o estado de Dakota do Norte. Pela manhã, a equipe realizou uma visita técnica à Universidade do Estado de Dakota do Norte, onde conversou com os professores Carlos Pires e Leandro Bortolon, especialistas em saúde do solo na região.
O estado é marcado por uma agricultura diversificada, onde cerca de 95% das propriedades são familiares, distribuídas em 15,7 milhões de hectares e mais de 24 mil fazendas. Além de soja e milho, a produção do estado inclui trigo, girassol, canola, mel, feijão, ervilha, cevada, entre outras culturas. E os principais desafios na produção são a erosão eólica, plantas daninhas como kochia e waterhemp e a salinidade natural do solo.

Segundo o professor Carlos Pires, a universidade mantém um trabalho muito próximo dos agricultores, com pesquisas voltadas a demandas práticas.

“Trabalhamos muito com pesquisas on farm, buscando levar para nossos experimentos exatamente as perguntas que o produtor quer responder. Isso faz com que a parceria se forme de maneira natural, pois entregamos ao produtor a informação que ele realmente precisa. Em 2023, realizamos um levantamento em todo os Estados Unidos, envolvendo mais de 250 produtores de 15 estados, e identificamos que, para 60% deles, a universidade é a principal referência em informações de campo. Nosso foco é responder a questões práticas que surgem no dia a dia da produção, e esse processo fortalece ainda mais as parcerias. De forma semelhante ao que acontece no Brasil, o financiamento dessas pesquisas vem dos próprios produtores. São eles que decidem como os recursos serão aplicados”, destacou Carlos.

Aprosoja MT nos EUA (1)

O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol ressalta que em Mato Grosso também existem iniciativas estruturadas para aproximar a pesquisa da realidade do produtor. Um exemplo é o trabalho desenvolvido pelos dois centros de pesquisa da entidade, o Ctecno Parecis e o Ctecno Araguaia. Criados e mantidos com recursos dos próprios associados, esses centros atuam em experimentos de campo, validando tecnologias e práticas de manejo que atendam às necessidades específicas das regiões produtoras do estado.

“Nós, na Aprosoja MT, mantemos dois centros de pesquisa que são referência para os nossos mais de 9 mil associados. Buscamos sempre gerar informações para que o produtor trabalhe melhor com soja e milho. Por isso, foi muito interessante também conhecer a Universidade de Dakota do Norte e ver como eles têm um sistema estruturado de pesquisas voltado para o campo”, disse Bertuol.

Aprosoja MT nos EUA (3)

O professor Leandro Bortolon informou ainda que Dakota do Norte tem uma grande variação de ambientes produtivos e que o clima impõe desafios específicos.
 

Aprosoja MT nos EUA (4)

“A Dakota do Norte, como um todo, apresenta bastante variação nos ambientes de produção. Se formos listar as principais dificuldades que enfrentamos, a primeira sempre será a chuva. Ela pode ser limitante no momento de definir o plantio, já que temos uma janela muito curta e precisamos otimizar ao máximo esse período. Além disso, enfrentamos um problema crônico no estado inteiro que é a salinidade do solo. Buscamos constantemente opções para orientar os produtores sobre como lidar com essa condição e otimizar o uso da terra. Mas, comparando a safra passada com a atual, este ano, no início do plantio da soja, tivemos um pouco de falta de água. Porém, como sabemos, a soja não demanda muito nesse estágio inicial. Aqui, costumamos dizer que a produção depende das chuvas entre agosto e setembro. E, felizmente, elas têm ocorrido de forma satisfatória. O resultado é uma soja com porte bonito, bem engalhada e com bom número de nós e vagens. Por isso, acredito que este ano teremos uma safra acima da média em todo o estado”, pontuou Leandro.

Aprosoja MT nos EUA (2)

No período da tarde, a equipe da Aprosoja MT visitou a propriedade do Dallas Loff, produtor em Wahpeton, acompanhada pela Associação dos Produtores de Soja de Dakota do Norte. No campo, foi possível observar o desenvolvimento da soja e do milho. Bertuol também observou que, diferente de estados como Iowa e Illinois, a produtividade média de soja em Dakota do Norte gira em torno de 40 sacas por hectare, com a oleaginosa sendo usada muitas vezes como alternativa de rotação de culturas, junto ao milho, canola e beterraba.

“Planto soja, milho e beterraba açucareira, e este ano tivemos uma safra bastante produtiva nas três culturas. No milho, devemos alcançar resultados semelhantes aos do ano passado, em torno de 210 sacas por hectare. Já para a soja, não esperamos números tão altos quanto no ciclo anterior, projetando uma queda de cerca de 10%. Ainda assim, mesmo com essa redução, que é mais difícil de estimar antes da colheita, a produtividade deve continuar acima da média da região”, afirmou o produtor Dallas Loff.

A série América Clima e Mercado segue nesta quarta-feira (13.08) para Dakota do Sul, onde a equipe continuará o monitoramento de lavouras e as análises de produtividade.

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