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Com apoio do Senar/MT, produtora de Santo Afonso dobra capacidade do rebanho com práticas sustentáveis e gestão eficiente

Há mais de 30 anos, a produtora rural Maristela Brandelero, do município de Santo Afonso (MT), dedica-se com compromisso à criação de gado de corte de qualidade. Em frente ao Sítio Nova Querência, ela transformou uma propriedade com 70 hectares destinada à pastagem para uma pecuária sustentável e com inovação no campo.

A produção tem como base um gado de alta qualidade genética com resultado de quase uma década. No entanto, a produtividade da pastagem era um desafio na propriedade, limitando o crescimento dos rebanhos.

Foi aí que Maristela buscou apoio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MT). O diagnóstico inicial, realizado em maio de 2023, apontou a necessidade de investimentos na fertilidade do solo, manejo de pastagens e suplementação animal.

O técnico de campo credenciado do Senar/MT, Celso Manoele, explica que na propriedade foram observadas oportunidades de melhoria na gestão de custos de produção, especialmente na parte financeira. Dessa forma, foi implementado um sistema de gestão que padronizou os investimentos, principalmente na produção de forragem com controle de indicadores como custo por arroba, fluxo de caixa, índice de natalidade e intervalo entre partos.

“Com base nisso, priorizamos os pontos mais emergenciais, avaliando a necessidade de calagem, adubação, matéria orgânica e compactação do solo. Concluímos que a calagem ainda não era crítica, e, a partir da análise de solo, fizemos a recomendação de adubação, com destaque para o uso da cama de frango, que, felizmente, trouxe resultados muito positivos, superando as expectativas”, relata Celso.

A melhoria na produção também teve reflexos econômicos importantes. Com a queda dos preços do boi no mercado interno entre 2023 e 2024, a capacidade de reter os animais na propriedade, sem a necessidade de venda forçada em baixa, evitou prejuízos e garantiu estabilidade financeira.

“O impacto das mudanças foi expressivo: em apenas um ano e meio, a capacidade de suporte da fazenda dobrou, passando de 1,5 para 2,4 unidades animais por hectare (UA/ha). O rebanho, que antes contava com 120 cabeças, hoje soma 240 animais bem nutridos e mantidos com sobra de forragem”, conta Maristela.

Além do cuidado com a terra e os animais, Maristela se destaca pelo engajamento com a comunidade rural. Ela compartilha seus aprendizados com outros produtores e defende a importância da gestão consciente dos recursos, mostrando que é possível crescer no campo respeitando o meio ambiente.

“A pecuária sustentável é o caminho para um futuro melhor. Acredito que produzir com responsabilidade, cuidando do solo, da água, dos animais e das pessoas ao nosso redor, é o que garante não só bons resultados no presente, mas também um legado para as próximas gerações”, afirma Maristela.

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