A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) concluiu o terceiro ciclo do Plano de Vigilância Ativa para Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) em Goiás. A iniciativa, realizada entre julho de 2024 e junho de 2025, visa garantir a sanidade das aves em todo o território estadual e proteger a avicultura goiana de doenças que impactam a saúde animal, a saúde pública e o comércio internacional.
Ao todo, foram 142 estabelecimentos industriais vistoriados em todo o Estado— sendo 84 granjas de corte, 24 de postura e 34 de reprodução — além de 62 coletas realizadas em criações de subsistência, totalizando cerca de 6 mil amostras analisadas. Durante os três ciclos finalizados, foram vistoriadas criações em 49 municípios goianos, com análise de 17.753 amostras.
O trabalho envolveu 60 profissionais de campo e laboratório, e nenhum caso de gripe aviária ou Doença de Newcastle foi detectado no Estado durante o trabalho de vigilância ativa. O único caso confirmado de gripe aviária, que ocorreu em junho deste ano em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, foi a partir de notificação de suspeita.
“Esse resultado reforça a eficiência do nosso sistema de defesa sanitária e demonstra o compromisso de Goiás com a produção de alimentos seguros e com a sustentabilidade do agronegócio. A vigilância ativa é o caminho mais eficaz para proteger o setor produtivo”, afirma o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Desde 2022, os ciclos do plano de vigilância são realizados anualmente. As propriedades vistoriadas são selecionadas com base em critérios técnicos definidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como a presença de aves migratórias de importância epidemiológica, densidade populacional avícola e tipo de criação. São contempladas granjas de corte, de reprodução, de postura e criações de fundo de quintal.
O plano tem como objetivos principais: detecção precoce de casos em aves domésticas e silvestres e comprovação de ausência das doenças conforme exigências internacionais. “Essa estrutura de vigilância técnica permite a comprovação de que Goiás é livre das doenças, uma vez que a circulação viral não foi identificada nas criações visitadas. Isso garante a manutenção do comércio e a segurança da produção avícola goiana e nacional”, destaca o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira.
Para a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, o êxito dos ciclos depende da integração entre campo e laboratório. “A cada ciclo, evoluímos nas estratégias e garantimos mais segurança sanitária para todo o setor. O status livre dessas doenças reforça nossa credibilidade como Estado produtor”, afirma.
Vazio sanitário em Santo Antônio da Barra é concluído com sucesso
A Agrodefesa também encerra nesta terça-feira (15/07) o período de vazio sanitário na propriedade rural do município de Santo Antônio da Barra, onde foi confirmado, no dia 13 de junho, o único foco de gripe aviária em aves domésticas no Estado.
Após a eliminação dos animais e a desinfecção da área, a propriedade permaneceu 28 dias sob monitoramento contínuo, como prevê o plano de contingência adotado pela Agência. Durante esse tempo, nenhuma ave foi introduzida na propriedade e nenhum novo caso da doença foi registrado na região, o que permite agora a retomada da criação de aves no local, caso os proprietários tenham interesse.
“Foi uma fase importante e conduzida com muita responsabilidade. Orientamos os produtores, caso voltem a criar aves, que forneçam a alimentação exclusivamente dentro do galpão, para evitar o contato com aves silvestres e migratórias e manter as boas práticas de biosseguridade”, explica o coordenador da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa, Giovani Miranda.
O caso foi rapidamente identificado e contido pela atuação técnica da Agrodefesa, sem impactos à cadeia avícola do Estado. A conclusão do vazio sanitário representa a última etapa do protocolo de resposta à ocorrência.